Sterling apertou os lábios, em um misto de hesitação e frustração:
— Vovô, não há mesmo nenhuma chance de reconsiderar essa questão?
Ele sabia muito bem que Túlio era capaz de pegar o telefone e exigir que Teresa devolvesse o bracelete.
— Nenhuma! — Túlio respondeu com firmeza, sua expressão rígida.
O bracelete era para Clarice, e só poderia pertencer a ela.
Isaac, que estava no canto da sala, manteve-se em silêncio, com a cabeça baixa. Ele também achava errado Sterling ter dado o bracelete da Sra. Davis para Teresa, ainda mais agora que o escândalo estava nos holofotes. Mas, como assistente, sabia que não era o seu lugar opinar.
— Talvez... talvez a gente espere a Clarice chegar e decida isso com ela.
A voz de Sterling soou rouca, quase incerta.
Na mente dele, imagens do passado começaram a surgir. Lembrou-se de quando Teresa, anos atrás, havia lhe dado uma pilha de dinheiro. Aqueles trocados, na época, haviam sido sua salvação durante uma fuga desesperada. Ela tinha salvado sua vida.