Os olhos de Clarice se arregalaram de repente.
— Tudo bem, estou indo agora mesmo!
Ela sequer teve coragem de perguntar o que havia acontecido exatamente.
Jaqueline percebeu a expressão dela e se aproximou, alarmada:
— Clarinha, o que aconteceu?
Clarice segurava o celular com força, suas mãos tremiam ligeiramente.
Havia uma sensação ruim crescendo dentro dela, um pressentimento de que a situação de sua avó não tinha mais salvação.
— Clarinha, fala comigo! Não me assusta assim! — Jaqueline segurou o rosto dela com delicadeza, mas sua voz saiu mais alta, carregada de preocupação.
Clarice finalmente voltou a si. Seus olhos encontraram os de Jaqueline, e ela respondeu com dificuldade:
— Minha avó foi para a sala de emergência. Eu preciso ir até o hospital!
— Eu vou com você! — Jaqueline largou tudo, ignorando até o incômodo físico que sentia, e ajudou Clarice a sair de casa.
Elas pegaram um táxi, e Clarice se apoiou em Jaqueline, sentindo como se todas as suas forças