— Não tenho motivos para ir. Melhor deixar pra lá. — A voz do homem carregava um leve tom de melancolia.
— Você não quer ver sua mãe?
— Sei que ela está bem na família Bennett. Isso me basta.
— Por que não a levou com você? Você tem plenas condições de sustentá-la, não tem?
— Na família Bennett, ela tem alguém que ama. Ao meu lado, não teria ninguém. Se eu a forçasse a vir comigo, ela murcharia.
O caminho que sua mãe escolheu foi voluntário. Se ele a arrancasse dali, ela não seria feliz. E sem felicidade, a vida dela se esvairia mais rápido. Então, para quê?
Sterling permaneceu em silêncio.
Ele nunca havia pensado sobre amar e ser amado. Desde pequeno, só aprendera a sobreviver e conquistar o que queria, sem nunca refletir sobre sentimentos.
O que era, afinal, o amor?
— Esquece. Falar disso com você é perda de tempo. Quando um dia amar alguém de verdade, vai entender o que estou dizendo.
A ligação caiu.
Sterling ficou segurando o celular, se perguntando: o que era