— Clarice, o que você quer dizer com isso? — Sterling esticou o braço para segurá-la, mas acabou puxando a toalha que cobria o corpo dela. Clarice soltou um grito, surpresa: — Sterling, o que você está fazendo? — Seu cabelo está molhado. Está proibida de ir para o quarto assim! — Sterling, visivelmente desconcertado, virou-se apressado, pegou uma toalha e jogou na cabeça dela. — Seque o cabelo! — Sua voz soou firme, quase autoritária. Clarice tirou a toalha da cabeça e retrucou: — Me devolve a minha toalha! Sua voz, sem querer, ganhou um tom suave e levemente embaraçado, que tinha um quê de provocação. Sterling sentiu o efeito imediato disso em seu corpo. Com as sobrancelhas arqueadas, ele caminhou até ela segurando a toalha. Seus gestos eram surpreendentemente gentis enquanto enxugava as gotas de água em sua pele. Então, ele se inclinou e deixou os lábios tocarem suavemente o ouvido dela, mordendo de leve. O toque era um misto de cócegas e umidade, completamente difer
Hospital Esperança, quarto VIP. Na cama, Teresa segurava o celular com força. Seu rosto pálido estava tingido de raiva. Clarice, aquela mulher desprezível, o que ela tinha feito para enfeitiçar Sterling dessa forma? Ele realmente a deixou sozinha no hospital para voltar para casa? Isso estava a ponto de enlouquecê-la. Ela precisava encontrar uma maneira de tirar Clarice do caminho, e rápido. Nesse momento, a porta do quarto foi levemente batida. Teresa tentou reprimir sua irritação e olhou para a entrada antes de responder suavemente: — Entre. A porta se abriu, e Callum apareceu na entrada, parcialmente encoberto pela luz que vinha do corredor. — Callum? O que você está fazendo aqui? — Teresa perguntou, surpresa. Era tarde da noite, e ela não esperava que Callum fosse procurá-la naquela hora. Callum entrou rapidamente no quarto e, sem dizer nada, se inclinou e a envolveu em um abraço apertado. — Teresa, me deixe te abraçar, só por um minuto. Teresa percebeu que havi
Callum franziu a testa, as rugas no meio da sobrancelha ficando ainda mais profundas, enquanto a dor em seu peito aumentava. Ele se inclinou novamente e envolveu Teresa em um abraço apertado. — Se você realmente não tiver onde ficar, eu tenho um apartamento na Vila Montclair, bem perto do escritório Torres Advocacia. Você pode ir e vir a pé. Vou contratar duas empregadas para cuidarem de você. Teresa, confie em mim, eu nunca vou deixar que você passe por dificuldades! Callum falava com emoção, e suas palavras eram sinceras. Ele realmente queria cuidar dela. Se pudesse, daria tudo o que tinha para vê-la feliz. Fora do campo de visão dele, os lábios de Teresa se curvaram em um pequeno sorriso. Mas, rapidamente, ela escondeu o sorriso e, com uma voz cuidadosamente hesitante, disse: — Minha relação com Clarice é muito ruim. Você deve saber que da última vez ela até contratou pessoas para me atacar na internet. Se ela descobrir que eu estou morando no seu apartamento, ela com cert
Teresa falou com a voz embargada, carregando um tom choroso que fazia qualquer um sentir pena dela. Callum rapidamente imaginou a situação e, em sua mente, teve certeza absoluta de que era culpa de Clarice novamente. Ele concluiu que precisaria conversar seriamente com Clarice. E, se ela não colaborasse, não hesitaria em dar uma lição nela. — Teresa, qualquer coisa que você precisar, me diga. Eu vou te ajudar. Não vou te forçar a falar sobre o que não quer. Descanse bem, eu estou indo embora. — Callum disse, antes de se virar e sair do quarto. Quando ouviu o som da porta se fechando, Teresa se virou na cama, mordeu levemente os lábios e começou a tirar a bandagem do pulso. A verdade era que o ferimento não era profundo, nem grave. O sangue na gaze? Ela mesma havia colocado ali. Sua tentativa de suicídio não passava de encenação. Mas, agora, ela percebeu que nem mesmo isso havia sido suficiente para segurar Sterling. Precisaria pensar em outra estratégia. … Clarice dormia p
Clarice sentiu o corpo inteiro se enrijecer. — Sterling, eu não quero! — Eu nem tô fazendo nada. Só quero te deixar confortável. O que foi? Não gosta disso? — Eu não tô confortável, quero dormir! — A voz de Clarice saiu apressada, e sua mente já começava a imaginar o que faria caso ele tentasse forçá-la. — Eu estou te agradando desse jeito, e você ainda diz que não está confortável? Sra. Davis, você está mentindo. — Sterling murmurou, enquanto seus dedos apertavam suavemente a pele delicada dela. As palavras que ele sussurrou ao seu ouvido foram completamente indecentes. Clarice o empurrou com força, rolando para longe dele na cama. Apesar do impulso, ela se controlou para não cair no chão, preocupada com a barriga. Apenas conseguiu criar um pouco de distância entre eles. Sterling estreitou os olhos para ela, seu olhar carregado de emoções difíceis de decifrar. Era óbvio que ela estava rejeitando qualquer aproximação. Ele não podia evitar pensar: seria por causa de Asher? O
Na verdade, se Sterling tivesse prestado um pouco mais de atenção nela, teria percebido que Clarice não menstruava desde o mês passado. — Você está me acusando de não prestar atenção em você? — Sterling pressionou a mão contra a testa, mas o sangue continuava a escorrer sem parar. Seu humor estava péssimo. Ele, o marido legalmente casado, sendo ferido pela própria esposa enquanto fazia amor... Se isso vazasse, onde estaria sua dignidade? Clarice deu uma rápida olhada na testa dele e evitou discutir. Ela se virou e foi até o closet. Poucos minutos depois, voltou vestindo uma roupa casual que a fazia parecer jovem e adorável. Ela caminhou até Sterling, pegou o roupão que estava sobre a cama e o ajudou a vestir. — Sua testa está sangrando demais. Não dá tempo de trocar de roupa. Vista o roupão assim mesmo. Sterling apertou os lábios e a encarou. — Você quer que eu saia sem cueca? Clarice, o que você está planejando? Clarice sentiu o rosto queimar de vergonha. Ela foi até o c
— Sterling, desce você mesmo. Eu vou estacionar o carro. — Clarice tentou manter o tom de voz o mais natural possível. Sterling arqueou as sobrancelhas, com um sorriso frio nos lábios. — Você me acertou na cabeça e agora não quer se responsabilizar? Era óbvio que ela queria fugir. Achava que seria tão fácil assim? — Não foi isso! — Clarice negou rapidamente. Ela só estava constrangida, não era uma questão de fugir da responsabilidade. — Então eu vou com você estacionar. — Sterling respondeu com indiferença, ignorando completamente o grupo de pessoas que estava esperando do lado de fora. Clarice mordeu os lábios, frustrada. — Você está perdendo sangue, desce logo do carro! Que homem complicado! Por que ele fazia tanta questão de que ela ficasse com ele? — Clarice, vamos, seja honesta. Você não quer se responsabilizar por mim, é isso? — O olhar dele ficou ainda mais penetrante, como se pudesse ler exatamente o que ela estava pensando. — Chega, para de falar e desce!
Sterling foi ajudado por Clarice a sair do carro, praticamente jogando todo o peso do corpo sobre ela. Quando chegaram ao elevador, Clarice já estava suando de cansaço. Sterling se escorou casualmente na parede do elevador, observando-a com atenção. O rosto dela estava corado, como se tivesse acabado de terminar uma corrida ou algo mais intenso. Ela era incrivelmente bonita. Só de olhar para ela, Sterling sentiu seu humor melhorar um pouco. Ao chegarem no andar, Sterling foi encaminhado diretamente para a sala de emergência. Na verdade, sua condição não era tão grave a ponto de justificar isso, mas a equipe médica estava visivelmente preocupada, temendo que algo mais sério pudesse acontecer. Assim que as portas da sala de emergência se fecharam, Clarice desabou em uma das cadeiras do corredor e soltou um longo suspiro. Durante todo o trajeto, Sterling parecia não ter ossos, apoiando-se completamente nela. Ele quase a deixou exausta. Clarice mal teve tempo de descansar quando