ESTER
Já estávamos voltando para casa quando meu celular pegou sinal e começou a tocar e vi o nome da minha mãe piscando na tela e tive que atender já que tinha ficado o final de semana inteiro incomunicável e ela poderia estar preocupada.
— Oi, mãe.
— Você some e me atende com "oi, mãe"? — Deu para perceber que estava irritada só pelo seu tom de voz.
— Que exagero, mãe. Eu só passei o final de semana fora e desconectada do celular.
— Onde você estava, garota?
— Em um hotel fazenda com Bruno, Caetano e a mãe dele.
— Podia ter pelo menos me avisado ou me convidado também, né?
— Resolvemos de última hora.
— Preciso que venha aqui em casa hoje à noite.
— Aconteceu alguma coisa? — fiquei preocupada.
— Não é nada demais, só preciso que venha e traga o Bruno e o meu neto também.
— Tem certeza de que não vai me contar o que está acontecendo?
— Já disse que não é nada demais.
— Tudo bem então.
Quando Bruno estacionou o carro na garagem de casa, destranquei a porta de entrada e ajudei a levar