ESTER
Eu ainda estava levemente adormecida, mas senti quando houve uma pequena movimentação ao meu lado na cama, abri os olhos, apenas o suficiente, para ver que Bruno tinha se levantado. Será que ele estava indo embora?
— Bom dia! — falei ainda meio sonolenta.
— Bom dia, meu amor.
Ele voltou a se aproximar da cama e se jogou ao meu lado. Deitado de lado e com a cabeça apoiada em uma das mãos, ele ficou me encarando antes de depositar um beijo em minha clavícula.
— Está se sentindo bem? — perguntou todo atencioso.
— Melhor impossível.
— Eu passaria todas as noites com você, mas infelizmente não posso.
— E por que não pode?
— Caetano é um menino muito esperto, não acha que ele estranharia?
— Talvez, mas ele já é louco para ter você como pai mesmo. — As palavras escapuliram da minha boca.
— Está dizendo que mudou de ideia quanto a ele ficar sabendo sobre nós?
— Só acho que, para mim, está muito difícil esconder dele, sem contar que ele já nos flagrou juntos algumas vezes.