BRUNO
Estava parado na porta da sala de Ester, estava prestes a dar meia-volta na direção de sua mesa mas aí ficaria parecendo um covarde. Respirei fundo, criando coragem e entrei.
— Mandou me chamar? — falei chamando sua atenção.
— Achei que não viria.
— Você ainda é a minha patroa, Ester... Apesar de ser só um estagiário, não posso correr o risco de perder esse emprego.
Tentei soar frio e distante porque como ela mesmo tinha feito questão de me lembrar, estávamos no ambiente de trabalho. Ela não falou nada, mas percebi quando mordeu o lábio inferior então tomei a frente e perguntei:
— Sobre o que queria falar comigo?
— Sobre o que aconteceu no almoço, eu...
— Desculpa, Ester, mas não vou conversar sobre assuntos pessoais aqui na empresa.
— Eu entendo. Só quero que você saiba que eu nao quis te magoar hoje mais cedo quando estávamos no elevador.
— Tudo bem. Agora, se não tem mais nada para falar, vou voltar para a minha mesa.
Já estava caminhando em direção à porta para sair de sua s