BRUNO
Durante todo o caminho da casa de Ester até Cabo Frio, ela foi dormindo, devia estar mesmo muito cansada, cheguei a ficar preocupado e verificar várias vezes se ela estava respirando. Caetano por outro lado, parecia estar ligado na tomada, mas por sorte não incomdou nem por um momento, ficou entretido com o seu tablet e os lanchinhos que a mãe tinha preparado.
Com o carro parado no sinal, dei uma espiada na direção de Ester e tomei a coragem de retirar do rosto dela alguns fios de cabelo e os coloquei por trás da orelha. Ela se mexeu e achei que tivesse acordado, mas por sorte ela continuou de olhos fechados.
— A mamãe ronca muito quando está dormindo, não é tio Bruno?
— Um pouquinho, mas não podemos contar para ela.
— Por que não?
— Porque ela vai falar que a gente está inventando essa história.
— E se a gente gravar?
— Acho melhor deixar ela dormir sossegada. Por que você não descansa um pouquinho também?
— Eu não tô com sono.
Cinco minutos depois, quando olhei pelo