ESTER
Depois que cheguei em casa, Bruno rapidamente disse que iria embora, deu para perceber que alguma coisa estava errada e pensei em não me meter, mas fiquei curiosa e resolvi perguntar:
— Está tudo bem, Bruno?
— Na verdade, não.
— Quer conversar sobre?
— A gente precisa mesmo conversar.
Pelo tom de voz dele e a seriedade com que falou, fiquei muito preocupada. Será que tinha acontecido alguma coisa com o meu filho durante o dia? Ou será que meu irmão tinha feito alguma piadinha sobre ele ser babá? Olhei para o sofá, onde o meu pequeno estava entretido jogando o videogame.
— Venha ao meu escritório, para conversarmos com mais privacidade.
Indiquei o caminho e ele me seguiu, percebi que ele tinha ficado surpreso. As estantes de livros ia do chão ao teto repleta de livros, a mesa de mogno estava no centro e a mesa de desenho junto da janela, porque eu adorava observar a vista enquanto mergulhava de cabeça nos desenhos.
— Sente-se — indiquei a cadeira à frente da minha mesa, mas Bruno