Fellipo a encontrou na sala de jantar, encostada contra a mesa, com as mãos no peito, respirando fundo. Seu rosto ainda estava corado pela conversa na sala, e seus olhos brilhavam em confusão e algo mais—algo que ele não queria decifrar.
Ele parou na porta, observando-a em silêncio.
Como ele queria não ser um libertino. Como queria ser um homem melhor, alguém capaz de jurar amor e fidelidade sem hesitação.
Mas ele não sabia ser fiel.
Não sabia amar sem destruir.
E Cecília... Cecília era diferente de todas as outras.
Linda. Forte. Tão cheia de vida.
E ele sabia que, se a tivesse, inevitavelmente a faria sofrer ele era possessivo de mais pra ter ela uma vez e depois abrir mão.
Cecília sentiu sua presença e virou-se devagar. Seus olhos encontraram os dele, e por um momento, tudo ao redor pareceu sumir.
Havia tantas perguntas não ditas naquele olhar.
Fellipo não pensou, apenas se moveu.
Aproximou-se lentamente, até estar perto o suficiente para sentir o perfume suave dela. Sua mão subiu,