Capítulo 119

Eu estava exausta. O relógio mal marcava dez da manhã, mas eu sentia como se tivesse vivido três dias em um único plantão. A noite anterior havia sido implacável, e meu corpo, cada vez mais sobrecarregado pela STC, parecia implorar por um descanso que eu sabia que não teria tão cedo. Para piorar, a dor nas mãos estava cada vez mais intensa. O constante latejar nas articulações dificultava até as tarefas mais simples, e a cirurgia que eu havia escapado mais cedo foi apenas um lembrete do quanto aquilo estava me afetando. O olhar do Dr. Mendes antes de me liberar da operação deixava claro que ele tinha percebido, e que teríamos uma conversa nada agradável sobre isso em breve.

Eu precisava de café. E rápido.

Entrei na sala de café quase tropeçando nas próprias pernas, lutando contra a exaustão que ameaçava me derrubar. Mas o que me esperava ali era ainda pior. Assim que pus os pés na sala, o sussurro maldoso de vozes me envolveu como uma nuvem de veneno. Eu sabia que estavam falando de m
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