Pitter acabara de colocar o frasco de remédio sobre a mesa e já se preparava para bater na porta do banheiro, quando esta se abriu de repente com força.
Amara surgiu, enrolada em uma toalha enorme, os passos apressados e os olhos tensos, como um pequeno animal assustado.
— Cuidado! — Pitter avançou para segurá-la, temendo que ela caísse.
Ela inspirou fundo e, em vez de agradecer, ergueu o olhar sério para ele.
— Quem precisa tomar cuidado aqui não sou eu, e sim você, Pitter!
Ele franziu a testa, sem compreender.
— O que quer dizer com isso?
— Você precisa se manter longe de mim! — declarou com um ar quase dramático. — Depois de um tempo na água fria, minhas forças voltaram… mas ainda sinto um vulcão prestes a entrar em erupção dentro de mim! Se eu perder o controle, nem eu mesma sei o que pode acontecer.
Os olhos dela brilhavam entre sinceridade e exagero, como se quisesse convencê-lo do perigo real.
Pitter a encarou em silêncio, dividido entre rir e suspirar. No fundo, não se incomo