Um trovão rasgou o céu, tão forte que fez todos no set se encolherem.
— Ah! Está chovendo! — gritos se espalharam, misturados ao barulho de passos apressados.
As lanternas de papel, delicadas e enfeitadas com desenhos de lótus e pequenos enigmas, apagavam-se uma a uma sob a chuva que caía pesada e repentina. E então, para espanto geral, o som seco de pedras atingindo o chão ecoou. Granizo.
Amara, que estava a poucos segundos de gravar o beijo mais aguardado da produção, ergueu a mão para proteger a cabeça.
— O quê...? Granizo?! — murmurou, olhando para o céu com incredulidade.
Lenno, ao contrário, parecia aliviado, como se tivesse acabado de escapar de uma emboscada.
— Isso só pode ser piada! Não chove há meses! Como pode cair granizo agora?! — esbravejou, passando a mão pelos cabelos molhados.
Dentro de um carro preto, estacionado a algumas ruas dali, Pietro piscou várias vezes antes de se virar para o irmão.
— Chuva? Granizo? Mano… você tá mexendo até com o clima agora? — pergunt