A sala de reuniões da Stellar carregava um silêncio tenso. Lá fora, os flashes da imprensa já começavam a brilhar contra os vidros espelhados, como se o mundo inteiro estivesse esperando pela queda de alguém.
Melissa respirou fundo e tentou dialogar:
— Amara, eu sei que isso é difícil pra você. Mas, no fim das contas, você teve parte nisso também. A crise precisa ser contida… e só há um jeito de minimizar o impacto. A empresa não pode afundar por causa de um desentendimento pessoal entre nós: eu, você e Áurea. Seja racional.
Amara ergueu os olhos devagar, encarando Melissa com firmeza. Sua expressão estava sóbria, mas havia algo nos olhos dela — um cansaço calado, misturado a uma força que ninguém ali parecia compreender por completo.
— Melissa, com todo respeito… — começou, a voz baixa e controlada. — Desde o primeiro instante, foi você e Áurea quem me atacou. Fui eu quem foi injustamente acusada, apontada publicamente, difamada. E mesmo assim, segui os princípios da Stellar, engoli o