Heitor Narrando...
O som da música e das conversas ainda ecoava na minha mente quando deixei o salão principal da V-Tech.
A noite tinha sido grandiosa — como todas as que levam o nome Vasconcellos no topo. Os holofotes, os brindes, as manchetes que viriam pela manhã... tudo como planejado.
Mas o que me deixou verdadeiramente satisfeito não foram os números, nem as palmas, nem o brilho do logotipo refletido nos cristais — e sim ver meu filho, Lorenzo, conduzindo tudo com a postura que sempre desejei que ele tivesse. Firme. Implacável. No controle.
E, ao lado dele... Helena.
A moça de olhar sereno, que parecia deslocada no meio de tanto ouro e arrogância.
Mesmo assim, sustentou com uma elegância que não se ensina em nenhuma escola.
Quando ela falava, havia doçura. Quando sorria, havia sinceridade.
E por um momento, olhando para os dois sob os flashes, eu realmente acreditei que o destino podia estar tentando mostrar algo ao meu filho — algo que o dinheiro nunca vai compr