Helena narrando
  Continuação:
  — Bom dia, senhora. — disse ele assim que me viu. Abriu a porta do carro com um gesto firme.
  — Bom dia, Theo. — respondi, sorrindo.
  Ele inclinou levemente a cabeça em agradecimento, mas sem perder a formalidade.
  Entrei no carro e ajeitei a mochila ao lado, Theo entrou logo em seguida, e ligou o carro.
  Enquanto o veículo deslizava pelas ruas ainda meio tranquilas da cidade, observei a paisagem pela janela. As pessoas correndo para o trabalho, estudantes de uniforme atravessando a rua, vendedores ambulantes montando suas barracas. Era tudo tão familiar e, ao mesmo tempo, distante.
  Theo quebrou o silêncio com a voz baixa, grave:
  — Nervosa?
  Virei para ele, e respondi.
  — Um pouco. — confessei. — Acho que é normal, né?
  Ele assentiu, os olhos fixos na estrada.
  — Normal. Mas a senhora está preparada.
  Sorri, meio tímida.
  O trajeto até o campus não demorou muito. Logo, os portões da faculdade se ergueram diante de nós, imponentes, rodead