Russo sentiu o ódio crescer dentro de si, já não tinha mais o que perder, deixou o instinto sobressair a razão, pegou a faca ensanguentada e tentou cravar no pé de Endi.
O capo deu um passo tranquilo para trás, quase como se brincasse com uma criança, mas o chute que voltou no rosto do soldado fez os ossos do nariz de Russo cederem ao golpe.
O pai de Tank e Amara colocou a mão no rosto, abriu a boca para tentar respirar, e o sangue invadiu sua língua. O sabor ferroso misturado ao amargo da ânsia que insistia em voltar desde que cortou a própria carne.
Endi virou a cabeça de lado, parecia analisar alguma coisa, até que falou calmo e tranquilo.
— Quer mesmo fazer esse jogo, comigo?
Russo começou a chorar como criança, a testa no chão e a saliva se misturando ao sangue entre os soluços desesperados.
— Eu não fiz nada! Não fiz nada.
Endi chutou a faca para longe do soldado, não que estivesse com medo do confronto, só não queria chegar em casa machucado, Mel ficava preocupada.
— Va