Mundo de ficçãoIniciar sessão
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108. Asas
Yahya— Sabia que você se torna mais corajoso quando eu não estou perto? — Pergunta Chelsea, claramente, tem muito interesse em me ameaçar, mas como ela disse, não estamos próximos.— Não acho que seja verdade, mas eu seria um péssimo amigo se discutíssemos sobre as suas considerações — brinco e ela volta a me julgar com um olhar firme. Como eu poderia brigar de verdade com ela?Até quando descobriu sobre Marshall tudo que estava dentro das minhas possibilidades era dar o apoio que precisaria. Bom, eu evitei contar a ela que fui atrás dele e que o bati algumas vezes.Felizmente, ele tinha alguma noção e apesar de ir atrás dela como um sem vergonha, nunca contou sobre o nosso encontro. Obviamente as suas ações fizeram com que eu me aprendesse do quanto bati nele.Descobrir que ele havia roubado ela, traído a sua confiança, me deixou enfurecido.Pensei que ele poderia entender o que ela sentia, já que também é um pintor, mas o que tentou foi exatamente o contrário. Usou a proximidade qu
109. Um problema incorrigível
ChelseaMe acostumar com uma nova rotina tem sido meio estranho, entretanto, agora que estou morando com Archie tenho que seguir um caminho diferente todos os dias. O meu trabalho não está mais no andar debaixo da minha casa, leva um tempo até que chegue a ele.Por sorte, aumentando um pouco o salário de Arelia, consegui um acordo para que ela sempre abra a floricultura, assim, mesmo se eu me atrasar, os clientes que costumam vir comprar flores cedo não precisarão esperar por mim.No entanto, não esperava que Archie fizesse questão de me levar de carro todos os dias. Sim, é ótimo, não posso negar, contudo, também é uma tarefa que não deveria fazer parte de suas atividades diárias se não fosse por minha causa.Apesar de pensar desse jeito, nem consegui expressar, porque ele parece muito feliz, mesmo fazendo uma coisa assim. Diz que é ótimo, mas duvido que seja, apenas aceito que isso deu mais liberdade para que ele vá para o trabalho sem tantas preocupações.Embora ainda o pegue olhand
110. Pedidos impossíveis
Chelsea— Fala como se eu tivesse resolvido a dívida porque queria te ajudar, mas não é o caso — afianço para ele. — Tudo o que fiz foi por mim, pelos meus filhos. Você é um monte de merda que prefiro que exploda, bem longe de mim.— Não fale desse jeito, realmente vim até aqui porque o problema se resolveu e posso me aproximar de você sem ter medo, eu sabia que ele não te machucaria — garante, fala com tanta convicção que alguém ingênuo cairia na sua conversa.É uma pena que cresci percebendo que ingenuidade somente me foderia.— Eu não jogo mais, nem devo a ninguém — atesta, como se eu devesse segurar na sua mão e dar tapinhas para elogiá-lo por melhorar. Nunca acontecerá. Mesmo que renasça como uma boa pessoa, espero que nossos caminhos não se cruzem. — Podemos ser uma família. Podemos morar juntos e reconstruir os nossos laços.— Você tem umas ideias bizarras — profiro, sentindo a minha garganta queimar como se eu estivesse engolindo ácido, somente porque a sua presença continua a
111. Aviso amigável
Archie— Eu realmente não queria que as coisas acabassem assim — falo, cruzo as pernas e me apoio na cadeira olhando para o sujeito ajoelhado no chão enquanto o segurança continua segurando os seus braços nas suas costas, impedindo-o de escapar.— Quem é você? Porque está me tratando desse jeito? — Esbraveja o homem e xinga alto quando o segurança empurra a sua cabeça para baixo para que pare de me olhar.— Deveria saber quem eu sou, já que continua incomodando a minha mulher — murmuro e o seu grito acaba se espalhando pelo ambiente especialmente preparado para esse momento.Pedi que conseguissem um lugar onde poderíamos conversar sem ninguém nos atrapalhar e eles cumpriram com a sua tarefa adequadamente. Entendo porque são ótimos nisso, apesar de saber que a minha amizade com o dono da empresa me dá benefícios.Todos os boatos sobre ele se mostram muito realistas quando consegue me ajudar nessas questões que fariam com que a polícia queira me levar para trás das grades. De toda manei
112. Estado mental: envolvido com o perigo
Kenneth— Ele já foi embora senhor — me avisa o segurança enquanto continuo avaliando o sujeito que não consegue esconder a sua expressão desesperada, visto que notou que acabou pisando no calo da pessoa errada.Quando Archie falou sobre a dívida que Chelsea acabou pagando por causa dele fiz questão de visitar aquele escroto que quebrou as coisas na floricultura como se estivesse na sua casa. Dei um aviso amigável, ele foi bem compreensível.Mais do que essa pessoa parece ser.— Que bom, garanta que ele fique seguro já que ratos continuam rastejando para os lugares aonde vai — digo notando que apesar de o meu irmão ter ido para casa, alguém parece muito ansioso para me encontrar.O sorriso em seu rosto é bem diferente daquele vindo de um momento feliz. Tira o seu terno e ergue as mangas da camisa branca antes de tirar o seu relógio para o segurar como se fosse um soco-inglês.Com suas escolhas feitas desfere três socos duros na cara do sujeito.Quando termina, avalia o estado do relóg
113. Estado mental: agradecidos
Chelsea— Fico muito feliz por você me contar o que aconteceu — garante-me meu namorado, que continua agarrado em mim, com uma mão passando pelo meu corpo até alcançar minha barriga. — Não importa quantas vezes precise de mim, estarei lá.— Eu sei — asseguro a ele, e ainda que tenha considerado deixar o que houve omitido, creio que continuaria criando um espaço maior no abismo e que, em algum momento, ele começaria a prejudicar a nossa relação.Mesmo que o motivo para uma mentira seja compreensível, não muda que é uma mentira.— Nunca esperei nada dele, mas não pensei que ele seguiria agindo desse modo — murmuro, pensando que algumas pessoas estão certas em sempre esperar o pior das outras, porque elas tendem a nos surpreender.Meu genitor é uma delas. Quando menos espero, ele cria uma nova situação que faz com que eu repense o porquê de a minha vida ser tão ferrada. Compreendo que as situações ocorrendo comigo não são piores porque Archie está do meu lado.Se eu estivesse sozinha, co
114. Estado mental: Em dubiedade
ChelseaAntes— Chefe, você deu a ideia de eles criarem isso? — Pergunto para o homem, vendo a figura de papelão com o rosto da Cachinhos. Ela é uma das Maid que são bem reconhecidas pelo público.Correto seria dizer que são enlouquecidos por ela.— Não, um deles apenas trouxe isso hoje e achei que seria divertido ver o rosto dela, quando ficar diante da sua figura materializada através do desejo dos seus fãs — pontua ele.A Cachinhos não é somente uma Maid, ela também é uma influencer digital, tanto é que é uma verdade conhecida que esse lugar se tornou mais amplamente conhecido pelo trabalho dela.Como eles dois são amigos desde a infância, ela não se incomodou de fazer o trabalho digital para ele sem se preocupar pelo pagamento, já que também usa o café para o seu conteúdo.É uma situação de ganha-ganha para os dois.— Você é muito ruim — digo, mas não é uma crítica de verdade, tanto é que não me recrimina pelo que digo. — De todo modo, ela ficará assustada.— Fãs são assim, desde
115. Estado mental: Vergonha
AntesChelsea— Oiê, você veio de novo — digo, com a surpresa dele fazendo com que eu mantenha meu sorriso por mais tempo no rosto, uma tentativa vã de impedir que o brilho que estou buscando mostrar suma. — Não sabia que tinha gostado tanto daqui.“Pense com paixão” murmuro em pensamentos analisando a reação de Archie. Como no fim acabo recebendo um sorriso, vejo como um sucesso, ainda que não seja o melhor que posso fazer no momento.— Não pensei que seria tão diferente — fala ele, observando o cardápio de lado, já que divide a sua atenção entre mim e ele. — Vi que tem uma nova sobremesa de morango. É o que quero hoje.— É uma ótima escolha, combina com você — profiro, já estou sentindo o meu rosto doer um pouco, já que continuo sorrindo e implorando para as horas passarem mais rápido.Talvez eu deva brigar com a Cachinhos por me colocar nessa, mesmo que involuntariamente. Terei que pedir uma recompensa depois desse trabalho.— Você acha? Pode ter provado a sobremesa, mas não eu — a
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