Narração de Vinícius Vasconcelos
Saímos do teatro de mãos dadas. Ela tava radiante, rindo, comentando sobre a peça como se tivesse acabado de sair de um show da Beyoncé.
— Você gostou da peça? — perguntei, só pra ver a empolgação dela de novo.
— Sim! Nossa, e a voz daquela mulher? Amei! — ela respondeu animada.
Fiquei olhando pra ela e pensei: meu Deus, como essa mulher me desmonta com um sorriso bobo desses?
— Eu gosto de teatro, mas prefiro os livros, porque eles fazem a gente imaginar os personagens como quiser — soltei, meio filosófico.
Ela me olhou com curiosidade:
— E se eu fosse uma personagem de um livro, como você me imaginaria?
Eu ri, porque sabia que qualquer resposta errada podia virar briga, mas fui sincero... até demais:
— Uma mulher sonhadora… mas birrenta, chata e reclamona.
— Ah, eu sou isso pra você?
— Kkkk... não, só um pouquinho...
Eita, falei besteira... de novo. Mas ela ficou só com aquela cara de "vou relevar porque tô feliz", então respirei aliviado.
De repente