Parte 3...
Ela cruzou os braços e o encarou cerrando os olhos. Sentiu o calor retornar.
— Olha aqui Júlio, se vier com gracinhas pra cima de mim você vai levar. Já digo logo.
— Que gracinhas? - segurou o riso.
— Sei lá - bateu as mãos na lateral do corpo — Eu me lembro bem das palhaçadas que você aprontava comigo quando eu era mais nova.
— E quem disse que eu vou aprontar?
— Júlio, Júlio...
Ele deu uma risada. Natália era muito mais interessante do que ele recordava. Deveria ter prestado mais atenção a ela desde sempre.
— Acredite, será apenas trabalho. Não vou aprontar nada contra você.
— Se tentar vai levar - apontou — Já aviso.
— Ok - abanou a mão — Vai logo pegar essas reservas por favor. Aqui está o nosso horário - entregou um papel com as anotações.
— Credo, parece um hieróglifo.
— Minha letra é perfeita - reclamou.
— É sim. Uma perfeita... - calou-se. Ia dizer uma bosta, mas ficaria feio — Já vou - saiu da sala.
Ela ficou um instante com o telefone na mão. Não deveria, mas est