- Não pode ser! – exclamei, levando as mãos até a boca. - Por favor, diga que está brincando comigo.
- Eu queria dizer que sim, Juli. Mas não é. – seu suspiro era audível. – Sinto muito. Quem fez isso sabia muito bem o que estava fazendo.
Fechei os olhos, a culpa me consumindo. Eu demorei demais para encontrá-lo e agora, a pista mais confiável que eu tinha desapareceu. Rafael tomou o celular de minhas mãos e colocou no viva voz.
- Tem certeza de que foi assassinato?
Sim, patrão. Mas no início pensaram que tinha sido um acidente domestico. Encontraram ele caído sobre a própria comida na mesa da cozinha. – meus olhos encontraram os de Rafael. – Mas as coisas mudaram quando o legista o examinou.
- Qual a causa da morte?
- Asfixia, senhor.
Fiquei entorpecida com os detalhes. Aquilo não podia está acontecendo de verdade.
- Mauro, há quanto tempo Jorge está morto? – perguntei, temendo a resposta.
Ele suspirou novamente, mas respondeu:
- Há quatro dias.
Minha mente começou a trabalhar. Eu n