A madrugada caía fria e sombria sobre os três pilares, cobrindo a floresta e as cidades com uma névoa espessa que sussurrava entre as árvores antigas. Cada galho parecia querer deter os passos de quem ousasse atravessá-la, mas algo se movia com a precisão de uma sombra. Silencioso, determinado, cada músculo pronto, ele avançava entre troncos, raízes e folhas úmidas, atento a cada som — o estalo de um galho, o farfalhar de folhas, qualquer sinal de vigilância.
A floresta que cercava as cidades formava um labirinto mortal. Caçadores de alma patrulhavam rotas conhecidas, mas aquilo era diferente, aquele vulto sóbrio conhecia atalhos secretos e passagens escondidas. Seu corpo na claridade da lua, mostrava resultado de anos de treinamento físico e técnico, respondia com perfeição: agilidade, força, resistência. Ele se abaixava, rolava, escalava troncos e deslizava por entre galhos, passando por cima de raízes traiçoeiras, evitando arame, armadilhas e patrulhas, quase como se fosse parte da