Nastasia caminhou em silêncio até o quarto interno indicado a ela. O salto de seus sapatos fazia um som contido sobre o mármore, o corpo ereto, mas o olhar distante — distraído, preocupado, como se ainda estivesse presa àquela mesa no restaurante.
— Mãe… — chamou Nastya, hesitante, mas Nastasia não respondeu. Limitou-se a fechar a porta suavemente atrás de si, desaparecendo para dentro do quarto.
Por um momento, o silêncio preencheu todo o espaço. O som da cidade parecia longínquo, como um zumbido abafado. Nastya foi até a janela e encostou a testa no vidro frio.
— O que foi isso? O que aconteceu? — murmurou para si mesma. — O que a assustou assim? Quem ela viu que a deixou tão abalada? Eu, nunca há vi assim.
Uma brisa suave atravessou o ambiente, mexendo as cortinas. Foi o suficiente para despertar algo dentro dela.
— Você está perguntando a si mesma ou a mim? — ressoou uma voz rouca, feminina, vinda de dentro — não alta, mas nítida, como se vibrasse em seus ossos.
Nastya fechou os