—Ela é doente, ama um homem que não pode ter, e deseja está próxima de um pai que não a aceita.
A lua crescente brilhou mais forte por um instante.
E Camila soube — com uma certeza fria e inevitável —
que aquela noite havia sido apenas um aviso.
A floresta levou tempo para voltar ao normal.
Os insetos retomaram seus cantos, primeiro tímidos, depois insistentes. O vento voltou a roçar as copas das árvores, espalhando folhas secas pelo chão. Mas dentro de Camila, nada havia se acalmado.
Ela caminhava agora em forma humana, os pés descalços tocando a terra fria, o corpo nu úmido do rio. Cada passo parecia ecoar dentro dela, como se estivesse atravessando não apenas a floresta, mas uma fronteira invisível.
Sekhmet permanecia alerta. Silenciosa demais.
— Você sabia — Camila disse enfim, quebrando o peso entre elas. — Sabia que era ela, que algo assim podia acontecer.
—A intuição não é conhecimento, respondeu a loba, com cautela. Mas sim… eu sentia.
Camila parou.
— O que ela quer de mim?
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