Capitulo 9

Laís acorda cedo para um sábado. Ao se levantar, ouve vozes na cozinha e um cheiro inconfundível vem de lá: café fresco e pão assado. Levanta-se da cama num pulo. Finalmente seu pai estava em casa. Na mesa da sala há um pequeno banquete

— Uai, tá lindo, pai!

Ela corre até a cozinha e encontra uma mulher loira, por volta de trinta anos, terminando de passar o café.

— Oi... Quem é você?

— Você deve ser a Laís, Meu nome e Glória, muito prazer! Sou a namorada do seu pai.

— Na verdade, noiva — diz Mario, entrando pela porta da cozinha.

O pai não tinha costume de trazer as namoradas para casa, e aquilo era, no mínimo, inusitado.

— Ah, muito prazer! Acho melhor eu me trocar. O senhor poderia ter avisado que teríamos visitas.

Mario sorri.

— Ela virá morar conosco em breve, não vai ser a primeira vez que vai te ver só de camisola, filha — explica e pousa um beijo na testa da filha.

A campainha toca.

— Vocês estão esperando alguém? — a mulher indaga.

— Não! — responde Mario.

Laís sai da cozinha em direção à porta e, ao abrir, dá de cara com Augusto. Seu constrangimento é bem maior que o anterior. Ele a olha de cima a baixo, sem disfarçar a cobiça, deixando-a vermelha, enquanto tenta cobrir as pernas, puxando a barra da camisola com as pequenas mãos.

— Desculpa, devia ter ligado antes, mas já que vou cozinhar pra você, queria ingredientes frescos e gostaria de te levar ao Mercado Municipal.

— Entra, vou me trocar — diz envergonhada.

Ao entrar, Augusto sente que está sendo observado por um home que julga ser o pai da morena.

— Esse é meu pai — ela esclarece. — E essa é a Noiva dele, Glória. Só um instante, já volto. — O senhor se apressa em se apresentar.

— Prazer, Mario!

— Muito prazer, Augusto Castro, me desculpem aparecer tão cedo.

— Sem problemas. Você conhece minha filha de onde?

— Do trabalho, trabalhamos juntos.

— Interessante, minha filha é muito inteligente e esforçada, assistente da presidência, coitada. É explorada por aqueles advogados há cinco anos. Eu falo pra ela sair desse emprego onde a cobram demais e pagam um salário inferior ao que ela merece, um verdadeiro “salário de fome”! Poderia trabalhar em qualquer empresa aqui perto de casa, mas não, tem que dirigir duas horas pra ir e voltar todos os dias. Um Ford Ka dos anos 2000, sai daqui às quatro horas da manhã, pois tem que chegar lá às 6h porque um dos chefes  tem horror a poeira! Um absurdo! O pior que a coitadinha não me conta nada, fico sabendo pela irmã, que também trabalha lá. Você a conhece?

Nesse instante, Laís abre a porta, vestindo jeans e camiseta do Harry Potter. A jovem olha feio para o pai e sai arrastando o candidato à namorado para fora de casa.

— Vamos, Augusto! Bença, pai!

— Não vai tomar café? Vai acabar passando mal na rua.

— Obrigada, pai, mas não! — Laís espuma de raiva.

— Foi um prazer conhecê-los — Augusto diz sorrindo.

Os dois saem pela porta rapidamente.

— Seu pai é muito simpático — sorri.

— Me desculpe pelas coisas que ele fala. Às vezes esquece que não tenho 10 anos.

— Todos os pais não são assim? Mas achei importante ele me dizer que te pago tão mal, que você não consegue trocar de carro. — Ele ri alto — Quem, em 2019, dirige um Ford Ka bolinha?

— Não fale mal do meu carro, ele é um clássico!

— Querida, Lamborghini é um clássico. O Ford Ka bolinha é um saco de lixo ambulante que tem quase a sua idade.

— Então, me dê um aumento!

— Justo, não quero ninguém falando que te pago um “salário de fome”, mesmo sendo o salário de mercado.

— Eu estava brincando. Meu pai é um exagerado, e minha irmã não colabora.

— Olha, eu poderia até me sentir ofendido pelas palavras dele. O que você vai fazer para eu me sentir melhor? — Laís sorri e beija sua bochecha.

— Melhor?

— Por enquanto, sim.

— O que planejou pra hoje?

— Ir ao Mercado Municipal, almoço... depois, um filme. E, se você quiser, preparo o jantar e o café da manhã de amanhã...

— Eu acho que suas expectativas são grandes demais.

— Não me culpe por tentar.

Tempos depois, eles estão no Mercado de São Paulo. Augusto realmente gosta daquilo, escolhe cada ingrediente minimamente, conversa com os donos das barracas como se eles fossem velhos amigos, responde a cada um que pergunta se Laís é sua namorada. Sorridente, ele responde:

— Por mim, sim, só depende dela me escolher.

Cada vez que o advogado responde dessa forma, o coração de Laís sai pela boca.

Duas horas depois, eles tinham comprado tudo.

Ao chegar ao apartamento, ainda na saída do elevador, são recebidos pelo cachorrinho de Augusto. Ele dá pulos altos, tentando chamar a atenção do dono, o homem coloca as sacolas na pia e pega o pequeno no colo.

— Sentiu minha falta, foi? — O cachorro late alegremente.

Voltando-se para a jovem, falsa:

— Vou tomar uma ducha. Você se importa de esperar um pouco?

— Não, de forma alguma. Enquanto isso, vou tirar as coisas das sacolas.

Minutos depois, Augusto está de volta de camiseta e calça de moletom.

— Quer se refrescar? Posso te emprestar uma camiseta. 

— Não, estou bem.

— Bom, então, vamos começar; vou precisar da sua ajuda. Por favor, corta essas ervas pra mim, bem fininhas.

— Desse jeito?

— Não, assim...

Ele a abraça pelas costas, pegando a mão em que a faca está, e cortando bem pequenininho. O cheiro de banho recém-tomado entra pelas narinas, a respiração quente no seu pescoço, se ele tentasse beijar Laís naquele momento, com certeza ela não iria se opor, porém, assim que ensina a jovem a cortar a cebolinha, Augusto dá as costas e volta para as panelas. Quarenta minutos depois o almoço está servido.

— Está delicioso — a morena não para de repetir.

— Não disse? Sou um bom dono de casa, sou pra casar!

— É mesmo!

— Então, casa comigo?

— Oi? — ela engasga.

— É brincadeira. Augusto diz, mas em pensamentos repete: não é não!

— Você mora aqui há muito tempo?

— Três anos.

— Como eu disse, eu e Allana estamos procurando apartamento. Principalmente agora, com meu pai se casando novamente, ele vai precisar de espaço.

— Seu pai e ela estão juntos há muito tempo?

— Não sei. Só a conheci nessa manhã. Imagina minha surpresa de acordar e ter uma loira no lugar do meu pai, passando o café. — Eles riem. — Mas tá ótimo, quero que ele seja feliz. Segurou tudo sozinho depois da morte da minha mãe. Ainda assim, queria que ele ficasse mais perto de nós, mais perto de mim. Sei que papai tem que ter a vida dele e eu a minha, mas é muito estranho vê-lo tão distante.

— Não posso fazer nada em relação a seu pai, mas posso te passar o contato de alguns corretores.

— Eu não posso pagar nada muito caro, você sabe disso, paga meu salário...

— Ai, outra punhalada no coração! — o homem brinca e ambos sorriem, descontraídos.

— Não precisa sofrer tanto.

— Terminou?

— Hum rum.

— Vamos ver um filme? Depois eu lavo a louça.

— Nossa, faz comida, lava louça... que delícia!

— Eu disse que sou pra casar! Podemos ver o filme no meu quarto, tenho um telão lá.

— No seu quarto? Eu... Eu não me sentiria à vontade lá.

— Prometo que não vou tentar nada, a não ser que você queira.

— Não, eu sei que não.

Ao entrarem no quarto, Augusto usa o controle remoto para descer as cortinas. Em seguida, surge o grande telão, ele se senta na cama, segurando a garrafa de vinha que tomaram durante o almoço e sua taça. Laís fica de pé, olhando pra ele.

— Vem, eu não mordo. — Ela se senta na beirada, ele coloca a taça e a garrafa no chão e puxa a morena, colocando-a de encontro ao seu peito. A pequena fica ali, imóvel; ele dá o play no filme. É uma comédia romântica: “Como eu era antes de você”.

De vez em quando, ele leva a taça de vinho branco à boca e sorve um gole da bebida.

— Esse é meu filme favorito. Como sabia? — Como ele iria explicar que stalkeou a rede social dela até descobrir uma foto na estreia do filme com os ingressos nas mãos?  — Amei os livros, devorei todos os três em menos de uma semana.

— Eu não sabia que era um livro, ou melhor, livros. E sobre eu saber sobre o filme, você sabe tanto sobre mim, que eu só quis mostrar que sabia algo sobre você... Quer um pouco de vinho?

— Eu deixei minha taça na mesa.

— Não seja por isso.

Ele dá um grande gole, segura o rosto dela e transfere o líquido da sua boca para a dela, que fica paralisada. Aos poucos, desenha-se o beijo doce, os lábios vão acompanhando os movimentos quase inexistentes. Ele morde o lábio inferior de Laís, que solta um gemido fraco.

As línguas se encontram suavemente, a morena retribui o beijo com mais ênfase que o ele esperava. Apesar de não ter prática e com tantas dúvidas, ela quer aquele beijo. O ritmo vai aumentando, em questão de segundos, as bocas se devoravam.

Augusto sente o coração dela batendo cada vez mais rápido, ele vai diminuindo a intensidade do beijo até que se soltam.

— É melhor a gente parar por aqui, mas vou acabar enlouquecendo se não te beijar de novo.

— Beija!

Augusto morde os próprios lábios e, em seguida, ele a beija novamente com mais fome que antes, suas mãos descem pelas costas da morena, apalpando sua bunda com força, mordendo seu pescoço e a fazendo gemer baixinho. Ele j**a seu corpo em cima da jovem, que sente o membro rijo pela calça de moletom. A mão dele sobe por debaixo da camiseta, alcançando seu seio e apertando o bico por cima do sutiã.

— Deixa eu ver você!

— Augusto! — ela diz choramingando.

— Eu ficava imaginando cada vez que você se debruçava sobre mim com seus decotes comportados, que sempre deixavam margem para minha imaginação... Adoro seios volumosos como os seus! Tenho certeza de que você não sabia disso — ele confessa, descendo a mão para sua barriga e subindo.

O homem enche a mão nos seios fartos, apertando de baixo pra cima. Laís geme alto e se senta na cama, puxando a camiseta pela cabeça. Ele a abraça com cuidado, beijando-a carinhosamente, enquanto abre seu sutiã de malha branca.

A morena ainda pensa:

— Péssima hora pra estar vestindo lingerie de vovó.

Mas Augusto não parece se importar, delicadamente ele traz a alça do sutiã para baixo, deixando à mostra dois montes morenos e seus bicos eriçados. 

— Você é perfeita! — ele a beija, puxando-a novamente para debaixo de si.

As mãos e lábios do homem passeiam pelos seios fartos, e ela sente seu pau pulsar em sua cintura.

Apertos, mordidas, chupões e gemidos... Por Deus, como ela iria saber que ter um homem sugando seus seios seria tão bom? Mil vezes melhor que qualquer livro.

Augusto pára e diz ofegante:

— Eu preciso de um tempinho — ele se levanta da cama e vai para o banheiro.

Por alguns minutos, Laís escuta seus gemidos de longe, e, por fim, um urro de alívio. Resolve ir até a porta aberta do banheiro, o alfa ainda está com seu membro melado na mão, ela o observa tirar o restante das roupas e ir até o chuveiro. O corpo moreno era absolutamente gostoso, bunda empinada, barriga tanquinho, ombros largos, braços musculosos...

Ela volta, senta-se na beirada da cama e se veste, enquanto ele sai do banheiro enrolado em um toalha.

— Gostou do que viu? — diz rindo. — Fique sabendo que não é a primeira vez que faço isso... Você sempre me tirou dos trilhos!

— Eu... É melhor te esperar na sala.

Minutos mais tarde, ele aparece vestindo jeans e camiseta.

— Quer ir pra casa?

— Já está tarde.

— Ainda não são nem 18h, provei que consigo me controlar — ele fala e sorri.

— Quem não vai conseguir se controlar sou eu — pensa a jovem, que também sorri, enquanto Augusto pega as chaves do carro.

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