O clima dentro do carro estava estranhamente sufocante. Nenhum de nós disse uma palavra, e o silêncio era preenchido apenas pela respiração tranquila e ritmada de Saulinho, que dormia profundamente no colo de Jean. Parecia que, nos braços do pai, o sono era ainda mais confortável.
Depois de pouco mais de meia hora, o carro parou em frente ao prédio de Nina. Eu desci primeiro e me preparei para pegar Saulinho, mas Jean balançou a cabeça e recusou.
— Ele está pesado. Eu levo ele lá para cima.
— Não precisa, sério. Eu consigo. — Respondi, tentando recusar.
Era plena luz do dia, e eu sabia que Nina provavelmente estava no trabalho. Se Jean subisse comigo, ficaríamos sozinhos no apartamento, apenas nós dois e meu filho dormindo. A lembrança da breve tensão no carro ainda estava viva na minha mente, e eu não conseguia me livrar da sensação estranha de que algo estava prestes a acontecer.
Eu não queria que nossos encontros fossem definidos por impulsos ou emoções confusas. Ainda não sabia com