— Claro que não! — Respondi, abruptamente voltando à realidade.
A ideia de aproveitar o prazer de fazer amor com Jean não significava que eu estivesse pronta para aceitar uma gravidez agora. Ainda tínhamos tantos conflitos e incertezas não resolvidos. Nosso futuro juntos era uma incógnita, e trazer um filho ao mundo no meio desse caos só pioraria a situação.
Com a cabeça fria, empurrei Jean de cima de mim e puxei o cobertor, enrolando-me completamente nele.
— Já está tarde. Vamos dormir. Amanhã temos muitas coisas para resolver.
Jean ficou parado por um instante, me encarando, antes de soltar um sorriso enigmático que eu não soube decifrar.
— Você realmente é… — Ele não terminou a frase, mas eu sabia o que ele queria dizer.
Fui eu quem começou tudo de forma tão impetuosa e apaixonada, e agora era eu quem estava colocando um freio. Ele já estava completamente envolvido, e eu, sinceramente, senti um pouco de pena por deixá-lo nesse estado. Afinal, recusar nesse momento era quase cruel.
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