Em vez de perder meu tempo discutindo com Davi, decidi que era hora de usar uma cartada mais pesada. Abri meu computador, localizei o vídeo da câmera de segurança em que Tânia me "drogava" e transferi o arquivo para o meu celular. Sem pensar duas vezes, peguei minhas coisas e fui direto para a delegacia.
Eu iria denunciá-la. Acusaria Tânia por crime de envenenamento ou tentativa de causar dano com substâncias perigosas.
Eu já havia consultado um advogado antes e sabia que, isoladamente, o ato de Tânia talvez não configurasse um crime grave, já que sua ação não causou consequências sérias para mim. Mas, se a polícia conseguisse conectar o ato dela ao caso em que ela foi violentada, as coisas poderiam tomar um rumo bem mais sério.
Tânia já estava em um estado deplorável, tanto física quanto mentalmente, após aquela terrível experiência. Se fosse interrogada pela polícia agora, seria um golpe devastador. E Eduarda, sua mãe, com certeza ficaria desesperada.
Mas eu não tinha escolha. Eles h