— Então você senta no meio. Daqui a pouco eu vou descer, é melhor ficar perto da porta. — Dei um giro rápido e empurrei Amélia para a minha frente.
Mas Amélia, ágil como sempre, torceu o corpo e voltou para trás de mim:
— Eu não vou sentar perto do meu irmão! Ele vai começar a me dar sermão! Prefiro ficar no canto, quietinha.
O carro já estava parado na beira da rua havia alguns minutos, e nós continuávamos nesse vai e vem, empurrando e puxando. Era uma cena completamente desnecessária. Por fim, não tive escolha a não ser ceder. Subi no carro e me sentei no meio.
O aroma de Jean imediatamente tomou conta do meu espaço. Era uma mistura fresca, intensa e ao mesmo tempo sofisticada. Sem perceber, engoli em seco. O lado do meu corpo que estava encostado nele parecia diferente, como se tivesse ganhado vida própria.
— Bela, estamos indo. Obrigada por hoje à noite! — Amélia foi a última a entrar no carro e se despediu de Bela.
— Tudo bem, tchau! — Bela acenou para nós enquanto o carro arranca