Heinst sorriu, mas não foi um sorriso amigável. Era uma mistura de cansaço e desafio, como se ele gostasse de ver essa reação nela.

-Não me dê respostas evasivas, Clara. Sei que algo a está incomodando, e não é apenas a minha condição", respondeu ele, aproximando ainda mais o rosto do dela, a ponto de poder sentir o calor dos lábios dela a poucos centímetros do seu.

Clara ficou em silêncio, suas emoções se agitando dentro dela como uma tempestade. Parte dela queria se afastar, gritar com ele, censurá-lo por tudo o que sentia. Mas outra parte se recusava a se mover, presa nesse momento carregado de algo que ela não conseguia definir.

Finalmente, com um movimento repentino, Clara soltou seu aperto em Heinst, dando alguns passos para trás. Seus olhos, ainda cheios de fúria, não deixaram os dele.

-Não se faça de ingênuo, Heinst, você sabe exatamente o que está me incomodando", disse ela antes de se virar e ir em direção à porta, sem lhe dar tempo para responder.

Heinst a observou enquanto