Matheus corria pelo pátio do palácio, os olhos ansiosos vasculhando o refúgio habitual de Melissa. Ele sabia que o pátio era o local que ela sempre ia para relaxar, mas o local estava vazio, e não havia sinais de sua presença recente ali. Uma pontada de preocupação o atingiu, mais forte do que esperava. 'Onde ela estaria? Eu a magoei... Como pude ser tão insensível?' Sua mente fervilhava com a imagem do rosto magoado dela. Enquanto isso, Sophia, com uma intuição mais aguçada e feminina, dirigiu-se aos jardins suspensos. Ela se recordava de Melissa mencionando o amor por aquele lugar, suas flores raras, capazes de "curar um dia mal" e "trazer cor ao que estava preto e branco". E lá estava ela.
Melissa estava sentada sozinha, observando uma flor raríssima de pétalas azuis-escuras com detalhes que lembravam a aurora boreal. Nas pontas da flor, o azul era um gradiente quase negro. Sua voz, num tom triste e melancólico, falava com a flor como se ela fosse sua única confidente, um eco de su