Acordo quente. Ouço a voz da minha mãe da cozinha, o som de crianças gritando e pulando no lago, e suavemente, tem o som da cantoria da igreja e o sorveteiro balançando o sino. É bom, é calmo e alegre.
— O café está pronto. Vai acabar se atrasando para a escola — mexo-me na cama até ficar de frente para Amster. — Mamãe disse que você faltou ontem de novo. Vai acabar perdendo o ensino médio.
— Vou não — pisco algumas vezes, acostumado a visão com a luz. Amster continua olhando para mim até abaixar as calças e ficar nu. Fecho os olhos instantaneamente.
— Levanta isso! — queixo-me.
— Sei que gosta de olhar, pode olhar.
— Saí logo Amster! — continuo com os olhos fechados.
— Tô indo.
Espero os passos dele ficarem mais distantes para abrir os olhos