— Sul fica na esquerda e norte fica na direita — ainda no chão da cabana tento descobrir para qual caminho Hector foi.
A porta do chalé está arreganhada. O vento traz além do frio, a chuva, que molha o piso de madeira e faz a água escorrer.
Minhas lágrimas já pararam de descer, talvez por consequência do vento que as secou.
Merda! Quero gritar outra vez e outra até as cordas vocais estourarem. Ódio, raiva, angústia, dor e mais sei lá o que estou sentindo. O que foi que fiz? Horrível. Hector vai encontrar o caminho de volta e vai estragar tudo. Tudo!
O que vou dizer para Eltery? O que ele fará na verdade? Ficará com muita raiva com certeza. Vejo o rosto dele de decepção e vejo também Hector me ignorando quando voltarmos ao internato. Acabou… acabei com tudo.
Se pelo menos Hector não fosse tão desconfiado é provável que as coisas estariam de pé até agora, mas ele é muito inteligente, e eu não sei mentir. Nunca soube e nunca vou saber.