BellaMinha avó entrou no meu quarto com uma bandeja de café, pronta para me acordar e me ajudar a começar o dia. No entanto, sua expressão mudou instantaneamente quando seus olhos se fixaram na mala semi aberta em cima da minha cama. Ela deu um pequeno suspiro de surpresa, claramente pegando-a desprevenida.—Querida, para onde você está indo com essa mala? — perguntou ela, sua voz repleta de preocupação e confusão.Virei-me para encará-la, segurando uma pilha de roupas que eu estava tentando enfiar desajeitadamente na mala.— Vó, eu estou indo para Palermo. — respondi, tentando manter minha voz firme apesar do nervosismo que começava a se espalhar dentro de mim.Sua expressão ficou ainda mais preocupada, seus olhos fixos em mim como se estivesse tentando ler meus pensamentos.— Palermo? Bella, o que você está pensando? Eu te disse para não ir para lá, é perigoso.Respirei fundo, sentindo-me determinada a explicar minha decisão.— Eu preciso descobrir a verdade, vó. — disse eu, olhand
LuccaFaz dias que aconteceu aquele ocorrido, que aquela loira gostosa veio aqui em casa para tentar me matar por ordens da familia Matarazzo. E ainda saber que eles acham que sei de algo, mas não faço ideia o que pode ser? Merda! Preciso descobrir alguma coisa sobre isso o mais rápido possível, antes que eles tentem fazer algo.Enzo estava aqui comigo estavamos tentando entender o que essa familia queria tanto me matar para ter mandando uma assasina de alugal para isso? E ainda também descobrir o real motivo por que mataram o meu amigo, o Marco, deixando sua pobre filha sem os pais. E de repente começo a lembrar daquela menina. Como se passaram cinco anos, acho que ela deve está com dezoito anos agora. Isso nos meus cálculos. Espero que ela esteja bem, a avó dela a tirou daqui de Palermo para mant&ec
Bella Ao chegar em Palermo, minha terra natal, fui recebida por uma mistura emocionante de nostalgia e novidade. A cidade ainda exalava o mesmo encanto que me cativava quando criança, com suas ruas estreitas e pitorescas, seus edifícios históricos e sua atmosfera vibrante. Era como se o tempo tivesse congelado desde que parti com minha avó após a morte dos meus pais.Enquanto caminhava pelas ruas familiares, era impossível não ser inundada por lembranças da minha infância. Eu me vi brincando nas praças ensolaradas, explorando os becos escondidos e saboreando os gelatos italianos que tanto amava. Cada esquina, cada edifício, parecia guardar memórias preciosas que agora ressurgiam diante dos meus olhos.No entanto, apesar da familiaridade reconfortante da cidade, eu sabia que não podia me deixar levar pela nostalgia. Havia um propósito claro para minha volta a Palermo: descobrir a verdade por trás da morte dos meus pais. E isso exige foco e determinação.Após um tempo admirando a cidad
Bella — Eu estava em total choque. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que acabara de ouvir. Meu coração estava apertado, era como se alguém estivesse esmagando-o com força contra o meu peito. Meus pais… mortos? Como isso era possível? Corri até a janela, olhando desesperadamente pela rua esperando vê-los chegando em segurança. Mas o que encontrei foi um cenário assustador. Haviam carros dos capangas do meu pai espalhados pela frente de nossa casa. Eu caí de joelhos no chão, procurando algum sinal de esperança nos olhos das pessoas presentes. Minha avó correu até mim e me abraçou, tentando me consolar. Suas palavras pareciam distantes e irrelevantes diante da tragédia que acabara de acontecer. Minha mente estava turva e atordoada. Minha realidade estava desmoronando completamente ao meu redor. Em um momento de puro desespero, me afastei dos braços da minha avó e gritei com todas as forças que tinha em mim: — NÃO! Meus pais não morreram! — As lágrimas teimosas cont
Bella Eu estava em total choque. Eu simplesmente não conseguia acreditar nas palavras que acabara de ouvir. Meu coração estava apertado, era como se alguém estivesse esmagando-o com força contra o meu peito. Meus pais… mortos? Como isso era possível? Corri até a janela, olhando desesperadamente pela rua esperando vê-los chegando em segurança. Mas o que encontrei foi um cenário assustador. Haviam carros dos capangas do meu pai espalhados pela frente de nossa casa. Eu caí de joelhos no chão, procurando algum sinal de esperança nos olhos das pessoas presentes. Minha avó correu até mim e me abraçou, tentando me consolar. Suas palavras pareciam distantes e irrelevantes diante da tragédia que acabara de acontecer. Minha mente estava turva e atordoada. Minha realidade estava desmoronando completamente ao meu redor. Em um momento de puro desespero, me afastei dos braços da minha avó e gritei com todas as forças que tinha em mim: ― NÃO! Meus pais não morreram! ― As lágrimas teimosas contin
Lucca Com o coração acelerado, olhei atônito para Marco, que se debatia no chão. O pavor tomou conta de mim ao ver meu melhor amigo naquela situação. Em estado de choque, me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão, tentando manter a calma. — Marco! Olha pra mim, cara! Tenta ficar acordado! — implorei, sentindo um nó se formar em minha garganta. Marco abriu os olhos devagar e me encarou com dificuldade. Seus olhos estavam cheios de dor e desorientação. — Lucca… o que… aconteceu? — ele sussurrou com dificuldade. Um misto de preocupação e alívio inundou meu peito. Marco estava vivo, apesar de gravemente ferido. O sangue escorria incessantemente de suas costas e suas palavras eram fracas. — Alguém te atingiu às costas enquanto você estava jantando com Giovanna. Mas agora você precisa se concentrar em ficar acordado até a ambulância chegar. Aguenta firme! — falei, lutando contra as lágrimas que queriam escapar dos meus olhos. Marco assentiu com dificuldade enquanto segurava minha mão c
Lucca Com o coração acelerado, olhei atônito para Marco, que se debatia no chão. O pavor tomou conta de mim ao ver meu melhor amigo naquela situação. Em estado de choque, me ajoelhei ao seu lado e segurei sua mão, tentando manter a calma. — Marco! Olha pra mim, cara! Tenta ficar acordado! — implorei, sentindo um nó se formar em minha garganta. Marco abriu os olhos devagar e me encarou com dificuldade. Seus olhos estavam cheios de dor e desorientação. — Lucca… o que… aconteceu? — ele sussurrou com dificuldade. Um misto de preocupação e alívio inundou meu peito. Marco estava vivo, apesar de gravemente ferido. O sangue escorria incessantemente de suas costas e suas palavras eram fracas. — Alguém te atingiu às costas enquanto você estava jantando com Giovanna. Mas agora você precisa se concentrar em ficar acordado até a ambulância chegar. Aguenta firme! — falei, lutando contra as lágrimas que queriam escapar dos meus olhos. Marco assentiu com dificuldade enquanto segurava minha mão c
Lucca Hoje completam três dias desde a morte do Marco, e aqui estou, diante do doloroso cenário do funeral dele e de sua esposa. A sensação é estranha, como se o tempo estivesse passando devagar demais, mas ao mesmo tempo, tudo parece tão irreal. Eu não consigo deixar de sentir que é cedo demais para estar aqui, observando os caixões, mas a voz da sogra do Marco ressoa na minha mente, explicando que havia a necessidade de realizar um enterro conjunto, para a filha deles. Ao escutar as palavras da sogra, começo a compreender a complexidade de suas relações familiares. Agora vejo por que o Marco não tinha uma opinião positiva sobre essa mulher. Não é difícil perceber que ela nunca se importou muito com ele. A forma como ela fala dele é carregada de desdém e desapego, como se ele fosse apenas uma figura distante em sua vida. ―Isso foi uma escolha dele, que resultou nisso tudo. Ele tomou decisões erradas, criou inimizades por causa desse trabalho e acabou arrastando a minha única filha…