Bati a porta do escritório com força atrás de mim, socando a madeira em seguida numa falha tentativa de deixar a raiva esvair pelos meus dedos.
Mas foi em vão.
Meu coração batia de forma descontrolada, fazendo meu corpo inteiro se tremer devido a sensação negativa que percorria pela minha corrente sanguínea.
Me punia e me culpava com todas as forças por está fazendo ela sofrer daquela maneira. O olhar tristonho em suas feições suaves, as olheiras embaixo do oceano que era a cor de seus olhos, tudo aquilo fez meu coração despedaçar.
Pela milionésima vez no dia.
Me sentia a pior pessoa da face da terra.
A culpa fazia meus ombros tensionar, pendendo para baixo ao ponto de o peso esmagar meu peito, me faltando o ar.
Me joguei na cadeira, apoiando os pés na mesa e recostando a cabeça no encosto de couro da cadeira, cruzeis os braços e fechei os olhos. Me esforcei para arrancar todos aqueles pensamentos que me sugava a alma de dentro de mim.
Sem perceber acabei adormecendo.
Acordei