Dállia abriu o pacote com o computador, não esperava por aquele cuidado.
— É rosa.
— Você gosta de rosa.
Ela amava, principalmente aquele rosa perolado. O que mais a encantou foi o aplique com uma dália sobre a tampa do equipamento, passou a mão sobre a flor e foi como se ouvisse Tank a chamando de minha flor enquanto a possuía, a voz rouca, o jeito como ele a olhava, era tudo perfeito.
Sentiu as lágrimas brotarem, mas se controlou.
— Quer um café?
Tank ficou olhando para ela por alguns segundos antes de conseguir responder, a voz saiu falhada.
— Que.. quero
Dállia sabia que ele estava com medo, tinha visto aquela expressão tantas e tantas vezes. Russo chegava bêbado e Tank mudava, por mais que fingisse força o rosto ainda era de um menino.
Se lembrou de uma cena antiga, algo que ainda a marcada. O rapaz havia levado um soco apenas por ter chamado Russo de pai.
O rapaz estava com um amigo, o soldado tinha ido procurá-lo para falar algo sobre um campeonato, queria que Tank parti