Dállia lavou o rosto, tentou arrumar a postura e saiu do banheiro, não podia ficar ali para sempre e não estava disposta a desistir.
Voltou para a mesa que ficava atrás de uma divisória de madeira, só ela ficava ali. Em um escritório totalmente aberto, onde as únicas salas fechadas eram as dos líderes, ela havia ficado isolada.
Sobre a mesa encontrou uma caixa de lápis de cor e alguns desenhos para colorir. Estranhou, mas organizou tudo em uma gaveta e se sentou esperando as primeiras ordens do dia.
Uma senhora de uns cinquenta anos entrou empurrando um carrinho de limpeza.
— Oh minha filha, o que está fazendo aqui?
— Eu comecei hoje, é meu primeiro dia. Me chamo Dállia e a senhora?
— Edilene, mas todo mundo aqui me chama de Êdi. Acho que está no lugar errado, querida. Aqui é o cantinho que guardamos os lixos e os produtos para não ficar feio.
Dállia olhou em volta, o espaço não tinha mais do que um metro quadrado, mas puxou um pouco o banquinho de madeira que tinham dado para q