Quando Dállia pode finalmente voltar para casa foi exatamente como Lara gostaria que fosse, cercada de cuidados, com o marido olhando para ela sem desviar o olhar nem mesmo para ouvir o que a médica estava falando.
— Pode colocar ela na cama até eu terminar de explicar, Tank.
— Pode falar, doutora.
— Você precisa ver esse curativo aí. Já deve estar podre, sabia?
— Estou bem, doutora. Só continua.
Dállia também estava olhando para o namorado como se Tank fosse a única pessoa naquele lugar. A mão no rosto do rapaz e um olhar de quem só encontra a paz ali.
— Tá bom, então vamos lá. Repouso, alimentação leve, banho morno e nada de namorar.
Nesse momento Tank e Dállia olharam para a Lara ao mesmo tempo.
— Olha, consegui a atenção dos pombinhos.
— Jardim fechado?
Lara virou de leve o rosto como se refletisse sobre a pergunta.
— Acho que a resposta é sim, se Jardim for o que eu estou imaginando.
Tank concordou, mas Dállia puxou o ar nervosa.
— Nada?
— Nadinha.
A respiração da menina ficou ac