~ Gael ~
A fumaça do charuto sobe lenta no ar, espiralando até desaparecer no teto alto do meu escritório. O copo de uísque pesa em minha mão, mas não bebo. O líquido âmbar reflete a luz do abajur, distorcendo minha expressão cansada no vidro.Summer.Seu nome ainda ecoa na minha mente como um fantasma que se recusa a partir. Faz meses que ela sumiu, levada debaixo do meu nariz, e desde então, não houve um único dia em que eu não tentasse rastrear seu paradeiro. Mas é como se ela tivesse evaporado, desaparecido sem deixar rastros.— Chefe.A voz de Marco me tira do transe. Ele está parado diante da mesa, os olhos atentos, aguardando instruções.— O evento vai começar — ele diz.A informação me faz soltar um riso seco, sem humor.— Claro que vai. E o velho Salvatore fez questão de manter a tradição de sempre convidar apenas os mais poderosos.Marco inclina a cabeça, concordando.— Exato. O que s