A crítica não era só para mim, mas também para Miguel.
Eu não liguei muito, mas Miguel claramente ficou desconcertado.
— Que exagero... — Murmurei, tentando aliviar o clima.
George se aproximou, segurando um pacote de lenços umedecidos.
Miguel estendeu a mão para pegar, mas George não soltou. No fim, fui eu quem pegou, tirando um lenço para mim e outro para Miguel.
— Carol, quem é esse? — Miguel perguntou, curioso sobre a presença imponente e claramente hostil de George.
— George, o técnico de iluminação. — Respondi, tentando manter a calma.
George me olhou com aquele olhar intenso, quase pressionando, então senti que precisava continuar.
— E esse é meu irmão, Miguel.
— Prazer. — Miguel estendeu a mão para George.
George apenas acenou com a cabeça, sem apertar a mão.
Ana logo explicou:
— Ele tem misofobia.
Miguel sorriu, compreensivo, e recuou.
— Vamos sentar e comer, então. — Miguel sugeriu.
Ana passou a língua nos lábios, ansiosa.
— Posso pegar um pedaço da mousse?
— Claro. — Miguel