Levantei a cabeça e vi um casal de idosos, de mãos dadas, entrando nervosos e inseguros.
O funcionário que me atendia estava prestes a se levantar, mas eu me adiantei e me levantei primeiro. — Tio, tia.
O casal era os pais de Ivone. Eles me olharam juntos e, após um breve momento de surpresa, Cíntia me chamou por engano: — Ivoninha...
— Ela não é a Ivoninha. — Danilo rapidamente corrigiu sua esposa.
A expressão de alívio no rosto de Cíntia desmoronou, seguida por uma tristeza palpável. Aproximei-me rapidamente. — Tio, tia, que tipo de ocorrência vocês querem registrar?
Eu acabei pegando a fala do funcionário, que também se aproximou naquele momento. — Se vocês dois querem fazer uma denúncia, por favor, venham comigo.
Os dois idosos não se moveram e começaram a explicar ao funcionário que estava atendendo:
— Nos últimos dias, alguém tem vandalizado a porta da nossa casa e ainda ameaçado que, se não ficarmos quietos, vão nos matar .
Meu coração apertou ao ouvir isso, e olhei para o fun