A cor dos olhos de George escureceu um pouco, e ele virou-se para Mirela.
Ela ergueu uma sobrancelha, com uma expressão de quem disse tudo o que precisava.
Ela parecia tão à vontade na presença do George, como se não tivesse nenhum medo ou receio dele.
— Diz a ela, para não ficar enrolando. — Mirela falou também.
George voltou a olhar para mim.
— Se for embora, vá arrumar suas coisas...
— George. — Eu o interrompi. — Por que você não responde de forma direta?
— Eu vou me afastar, vocês podem conversar. — Mirela disse antes de se afastar.
George permaneceu onde estava, de frente para mim.
— E o que você acha, que eu tenho algum motivo oculto?
Ele acabou me devolvendo a pergunta.
Fiquei irritada, Mirela me deixou com a pulga atrás da orelha, e agora George estava jogando com palavras também.
Ele não queria falar, isso era claro.
— George, se você não quer dizer, não precisa. No fim das contas, qualquer motivo que você tenha já não tem mais nada a ver comigo. E mesmo que eu descubra,