George nunca foi de esconder o que sentia. Ele sempre falava o que pensava, e agora eu sabia que, quando ele dizia algo, era porque realmente acreditava nisso. Ele sempre foi direto, sem rodeios.
Eu sabia que, desde que começamos a namorar, tentei me afastar o máximo possível de Sebastião, temendo que o passado entre nós afetasse o relacionamento. Mas, no final, fui eu quem fez George acreditar que ainda existia algo entre mim e Sebastião. E essa sensação não era algo que ele tivesse formado de uma hora para a outra. Era claro que ele já se sentia assim há um tempo, acumulando pequenas inseguranças até chegar a essa conclusão.
— George, então você sempre achou que eu não te amava o suficiente? — Eu ri com amargura. — Se for isso, eu realmente não sei mais como te amar.
Ele olhou para mim com um olhar carregado de tristeza.
— Se você realmente me amasse, não teria falado em terminar assim. — Ele disse em voz baixa.
Eu fechei os olhos, exausta, e murmurei com dor:
— Eu já te expliquei, a