No carro, eu liguei para o George.
Dessa vez, ele não demorou tanto para atender.
— Alô.
— Onde você está? — Eu perguntei diretamente.
George ficou em silêncio por alguns segundos.
— Você voltou?
Essas palavras me apertaram a garganta. Eu voltei, mas foi ele quem me forçou a isso.
— Sim. Onde você está? Eu quero te ver. — Minha voz estava firme, carregada de raiva.
— Volte para casa, eu vou até você. — A resposta de George me fez fechar os olhos.
No instante seguinte, falei palavra por palavra:
— George, você não está entendendo o que eu estou dizendo? Eu estou dizendo que eu... quero... te ver.
— Eu estou em casa, a Benê também está aqui. — George respondeu, mas as últimas palavras dele deixaram claro que ele não queria que eu fosse até lá. Ele não queria que a Benedita visse a nossa discussão.
Não só porque Benedita estava frágil, mas também porque ela não suportaria ver um confronto entre nós. Sem contar que com ela ali, a conversa com George ficaria ainda ma