Lídia deu um salto rápido para o lado.
A velocidade dela foi tanta que eu não me segurei e soltei uma risada.
Rindo, peguei o controle remoto que ela havia jogado para longe.
– Tá com medo de quê? Eu só tô pegando o controle, nada mais.
O rosto de Lídia passava de vermelho para branco, claramente desconfortável.
Liguei a TV novamente e voltei para o jogo. A partida estava pegando fogo: 2 a 2 no placar e já na prorrogação. Quem marcasse o próximo gol poderia selar a vitória.
– Sai daqui! – Lídia gritou comigo de repente.
Com o controle ainda na mão, apontei para ela:
– Fica quieta aí. Deixa eu assistir o jogo. Quando terminar, a gente conversa.
Claro que eu estava provocando Lídia de propósito, mas também era verdade que eu queria assistir à partida.
Enquanto muita gente idolatra cantores ou atores, eu sempre admirei jogadoras de futebol. Principalmente aquela atacante jovem que estava jogando agora – uma verdadeira craque, que tinha começado sem fama, mas agora estava brilhando nos gra