Embora eu soubesse que ele estava certo e que o erro era meu, por que eu chorava como se tivesse sido injustiçada?
George voltou, deu meia-volta e me viu chorando descontroladamente. Sem dizer nada, ele me envolveu em seus braços novamente.
— Foi culpa minha. Falei de um jeito pesado. Eu... prometo que não vou dizer essas coisas de novo.
Quanto mais ele dizia isso, mais o meu coração se apertava. Levantei a mão e comecei a bater nele, uma, duas vezes.
— Não foi culpa sua! Por que você está dizendo isso? Foi minha culpa, está tudo errado comigo!
— Não, minha Carina nunca está errada. Eu é que... fui tomado por pensamentos ruins, me deixei levar pela insatisfação e disse besteiras. — George, como sempre, assumiu toda a culpa.
Isso só me fazia sentir ainda pior. Continuei batendo nele, mas os tapas estavam cada vez mais fracos. Por fim, comecei a chorar ainda mais alto e, num ímpeto, mordi ele.
— Ai, isso dói. — Essa é a primeira vez que George diz que está sentindo dor.
Soltei a mordida