Os olhos de George se estreitaram de repente, e eu, instintivamente, apertei os braços ao redor dele.
— É isso? — Perguntei, quase sem fôlego.
— Por que você acha isso? — Ele rebateu, em vez de responder.
Eu estava prestes a dizer que foi Cátia quem mencionou algo do tipo, mas, antes que pudesse abrir a boca, ouvi a voz de Benedita chamando à distância:
— Carolina, seu telefone está tocando sem parar!
Ela vinha correndo em nossa direção, o que me deixou imediatamente preocupada. Benedita não podia correr por causa do coração.
— Tudo bem, já vou! — Respondi, me levantando apressada do colo de George e correndo até ela.
O telefone era de Cátia, que tinha ligado várias vezes. Algo urgente devia ter acontecido.
— Alô, tia. — Atendi rapidamente.
— Carol, por que você não atende? Aconteceu alguma coisa? — Cátia perguntou com a voz carregada de nervosismo.
— Não, eu só não estava com o celular perto de mim.
Ela suspirou aliviada do outro lado da linha.
— Você me deixou