— Entendi. — George respondeu, mais uma vez, com sua típica resposta curta.
Eu não aguentei e comecei a rir, já meio irritada.
— George, agora eu finalmente entendo por que você chegou aos trinta e poucos anos sem nunca ter tido um relacionamento. Você é muito sem graça!
— Você também acha que sou sem graça? — Ele me perguntou, em um tom de voz tão calmo que até parecia brincadeira.
Olhei para ele, resignada, pensando em como ele parecia meio desajeitado quando o assunto era romance. Sorri, balançando a cabeça:
— Não é isso. O que eu quero dizer é que você não sabe como agradar uma mulher.
George ficou em silêncio por alguns segundos, como se estivesse refletindo sobre a minha fala.
— Na minha cabeça, “agradar” tem um pouco a ver com “enganar”.
Ele sempre tinha uma resposta inusitada, que me deixava sem argumentos.
— Você quer que eu te “agrade”? — Ele perguntou, com a mesma tranquilidade de sempre.
Nenhuma mulher diria que não gosta de ser agradada. Mas, para mim, isso tinha que vir d