Lídia ficou visivelmente desconfortável, seu rosto pálido se tornando ainda mais pálido. A mão que segurava o suco tremia.
— Desculpe, eu, eu não fiz de propósito.
Ela parecia tão frágil e lamentável, como se eu tivesse dito algo que não deveria, a machucando. Mas eu não parei. Já que comecei, era melhor esclarecer tudo.
— Talvez você não tenha feito de propósito, mas nos afetou de verdade. Lídia, já que foi sem intenção, basta prestar atenção no futuro, não precisa pedir desculpas.
— Se Fernando estivesse aqui, eu nunca incomodaria Sebastião. — Lídia disse, e lágrimas caíram novamente.
Dizem que as mulheres são feitas de água, e Lídia provou isso. Ela soube falar de forma muito habilidosa, dificultando minha resposta.
— Carolina. — Lídia olhou para mim, com os olhos cheios de lágrimas. — Procuro Sebastião porque isso foi um pedido de Fernando antes de falecer, e Sebastião prometeu ajudar. — Sua mão não parava de acariciar o copo: — Se não fosse por isso, eu não o procuraria.
Ela esta