Carolina correu apavorada para a casa incendiada, mas foi impedida pelos bombeiros. — Esta é sua casa? Pegou fogo a noite toda, se o vizinho não tivesse acordado com a fumaça, teria queimado tudo.
— Não entre, lá dentro ainda não está seguro, essas casas antigas desmoronam com o fogo.
Carolina, com os dedos trêmulos, ajoelhou-se no chão. Por causa de sua depressão severa, quando atingida por um choque, ela perdia a fala. Ela queria falar, mas as palavras não saíam, queria levantar o braço, mas parecia que ele não respondia.
O irmão... ainda estava lá dentro.
O que ela mais temia era envolver seu irmão.
Por que... por que ainda não a deixavam em paz?
Tremendo, Carolina se encolheu e chorou silenciosamente no chão.
Por que tinham que tratá-la assim?
Até que ponto precisavam torturá-la para finalmente desistirem?
Será que realmente queriam sua morte para que Pedro parasse?
— Meu tio, o tio ainda está lá dentro. — Tiago chorava, segurando a mãe, apontando para a casa. — Tio, sal